O processo de Pós-Colheita do café geralmente começa imediatamente após a colheita dos frutos maduros. Assim que os frutos são colhidos, inicia-se uma série de etapas para separar os grãos de café dos frutos e iniciar o processo de secagem. Essas etapas podem variar um pouco dependendo do método de processamento utilizado. Entenda mais sobre este assunto acessando o texto: “Métodos de processamento de Pós-Colheita do café no Brasil”, aqui no blog da CoffeeSpot.
É crucial iniciar o processo de Pós-Colheita imediatamente após receber os grãos da lavoura, mantendo assim a qualidade e evitar a deterioração.
Cada etapa deste processo possui variáveis que os produtores podem ajustar para obter melhores resultados em termos de qualidade, aromas e sabores dos grãos.
Na etapa de seleção e lavagem, os produtores podem selecionar e separar cuidadosamente os grãos de café maduros e de boa qualidade dos grãos verdes ou danificados. Isso pode ser feito usando equipamentos de triagem.
Nessa etapa, os produtores podem ajustar a eficiência das máquinas de seleção para garantir que apenas os grãos de alta qualidade sejam processados. Eles podem definir os critérios de seleção com base no tamanho, cor e peso dos grãos.
Após a separação e a lavagem, começa o descascamento. Nesta etapa, a casca dos grãos de café, é removida.
Os produtores podem então, ajustar a pressão e o tempo de processamento durante o descascamento para garantir que a casca dos grãos seja completamente removida, sem danificar os próprios grãos. Eles podem testar diferentes configurações de máquina para obter um descascamento eficiente e uniforme.
Após o descascamento, os grãos de café podem passar por um processo de fermentação controlada para remover o excesso de mucilagem. Neste momento, os produtores podem controlar a duração e as condições de fermentação, como temperatura e umidade. Por exemplo, uma fermentação mais longa pode resultar em grãos com sabores mais complexos, enquanto uma fermentação mais curta pode produzir sabores mais suaves. Experimentar diferentes tempos e condições de fermentação permite ajustar os perfis de sabor e aroma dos grãos.
Em seguida temos o desmucilamento, que é usado para remover total ou parcialmente a mucilagem restante dos grãos de café. Assim os produtores podem ajustar a quantidade de água utilizada, bem como o tempo e a intensidade do desmucilamento, ou optar pelo processo fermentativo. Por exemplo, um desmucilamento completo e vigoroso resultará em grãos mais limpos e suaves, enquanto um desmucilamento mais leve ou parcial pode preservar alguns sabores e características da mucilagem. É possível experimentar diferentes técnicas de desmucilamento para alcançar o perfil desejado de sabor e aroma.
Após a desmucilamento, os grãos de café precisam ser secos antes de serem armazenados. Para isso, os produtores têm várias opções de secagem. Eles podem optar por secar os grãos ao sol, em pátios de secagem, ou utilizar secadores mecânicos. O tempo e as condições de secagem, como temperatura e umidade, podem ser controlados para influenciar a velocidade e a qualidade do processo de secagem. Por exemplo, uma secagem lenta e cuidadosa pode ajudar a preservar os sabores e aromas naturais do café, enquanto uma secagem mais rápida pode resultar em perfis de sabor diferentes. Os produtores podem experimentar diferentes métodos e tempos de secagem para otimizar os resultados desejados.
Em seguida temos o beneficiamento, nesta etapa, a casca seca e o pergaminho restante ao redor dos grãos são removidos. Os produtores podem ajustar as configurações e a eficiência das máquinas de beneficiamento para garantir uma remoção completa do pergaminho sem danificar os grãos de café. Eles podem definir a regulagem adequada para remover o pergaminho de forma eficiente, garantindo que os grãos não sejam danificados no processo.
Após a retirada final do pergaminho, passamos para a classificação e seleção, os grãos de café são classificados por tamanho e densidade usando peneiras e ventiladores.
Estes são os momentos finais onde os produtores podem ajustar as configurações dessas máquinas para obter uma classificação mais precisa e selecionar apenas os grãos de alta qualidade para o próximo estágio. Eles podem definir as especificações desejadas em termos de tamanho e densidade dos grãos para garantir a consistência e a qualidade uniforme.
Como vimos, no Pós-Colheita temos muita técnica e utilização de máquinas envolvidas em todas as etapas. Mas como podemos concluir, não trata-se de uma ciência exata manejar com maestria todas estas variáveis. A EXPERIÊNCIA e o TALENTO do produtor são a resposta para a consistência e ganho de qualidade safra após safra.
O que diferencia um produtor de alta qualidade para os demais, é sua capacidade de fazer a coisa certa, na hora certa e na intensidade ideal. As negligências, imperícias, faltas ou excessos, podem arruinar toda a qualidade que a natureza aportou num grão de café.
Somente através da experiência de gerações de cafeicultores, obstinados em fazer o seu melhor, safra após safra de olho no “terreiro”, é que a mágica acontece!
Entenda mais sobre o tema: “A importância da experiência do produtor no processo de Pós-Colheita”, acessando o texto aqui no blog da CoffeeSpot.